sexta-feira, 14 de junho de 2013

Preparando sua Estação para uma Emergência


PP5UEB em ação
PP5PME e PU5BRL operando a estação PP5UEB
Quando uma emergência, um destastre ou uma calamidade acontece e as comunicações são afetadas, os radioamadores são chamados a agir e espera-se que, com suas estações, consigam mater o fluuxo de informações e assim prestar o devido apoio às comunidades afetadas.
Diante desta situação o radioamador pode atuar de duas formas:
1 – Operando sua estação ou de seu clube/associação no QTH ou
2 – Montando sua estação “no campo”.
Cada uma destas opções requerem cuidados diferenciados e que devem ser observados, para que a atuação do radioamador seja efetiva.
Da mesma forma, deve-se agir ANTECIPADAMENTE no sentido de ter uma estação adequada para uso em emergência. Soluções apressadas e tomadas de forma intempestiva não garantem um bom resultado.
O que vamos abordar aqui são apenas algumas considerações que não esgotam o assunto e nem pretendem ser definitivas. Devem servir mais como um guia, que complementará a experiência pessoal de cada radioamador, e fomentará o debate.
Algumas perguntas que devem ser respondidas ANTES de uma emergência:
Como está a minha disponibilidade de fornecimento de energia para meus equipamentos? Existem fontes alternativas?
Quantas fontes de alimentação possuo e qual a capacidade de fornecimento de corrente delas, assim como seu estado geral, são itens que deve ser levados em conta e ser de imediato conhecimento.
Se não possuo uma fonte de “backup” posso ter uma fonte de emergência usando uma bateria comum de automóvel. A existencia dessas fontes “reserva” possibilitará maior autonomia da minha estação. Poderia usar ainda outras fontes, tais como ENERGIA EÓLICA, SOLAR ou mesmo GERADORES (que são mais comuns). No caso dos geradores devemos atentar ainda para a questão do combustível.
Como estão minhas antenas? E o cabeamento?
Todo radioamador sabe que o ponto fraco de nossas estações é a antena. Em uma emergência podemos até mesmo improvisar e montar antenas “de fortuna”. Mas esta não é a situação ideal.
Conhecer as minhas antenas, suas limitações, e suas características é de suma importância em uma emergência.
E se pretendo montar uma base de operações fora do meu QTH devo pensar ainda sobre o deslocamento das antenas e sua instalação.
E de nada adianta um bom conjunto de antenas se para uma emergência eu guardei todas as sobras de cabo da última reforma do shack… Aqueles cabos oxidados, com conectores velhos e não confiáveis. Aqui a lógica é simples: se tais cabos não me atendiam mais no dia-a-dia, poderei confiar neles numa EMERGÊNCIA?
Cabos, conectores e adaptadores de reserva e em boas condições podem (e vão) fazer toda a diferença.
Qual o Plano de Frequência de Emergência da minha região?
Bombeiros, Polícia, Estrada, Serviço Marítimo e Aeronáutico, cada um destes serviços tem suas próprias sub-faixas no espectro de frequências. Em uma EMERGÊNCIA, desde que convocado e autorizado (e claro, se o seu equipamento permitir) poderá o radioamador operar nestas sub-faixas.
Uma vez que os radioamadores podem “corujar” estas sub-faixas (mas não podem interferir, interagir ou divulgar o que ouvir) é um bom hábito a escuta, para que se vá acostumando com o linguajar de cada serviço.
Quem coordena as Rádio- Emergência da minha região?
Quem é o coordenador da RENER em meu Estado, ou Município? Quem são meus contatos na SEDC do meu Estado e na COMDEC de minha cidade?
Perguntas simples, mas que numa emergência serão extremanente úteis.
Conhecendo estas pessoas, radioamadores como nós, teremos acesso a cursos, exercícios e passaremos a trabalhar em equipe, ao invés de isoladamente.
Conheço as repetidoras que atendem minha região?
Alcance, zonas de sombra, características, mantenedores, são de conhecimento obrigatório. Se possível conhecer as coordenadas para poder auxliar em uma eventual manutenção.
Estado Físico e Psicológico.
Saber das minhas REAIS condições físicas e psicológicas é de extrema importância, principalmente se tivermos que nos deslocar para a montagem de uma base de rádio em um local afastado do QTH ou com poucas (por vezes quase nenhuma) infra-estrutura de apoio.
Devemos nos preparar para, por vezes, longas jornadas à frente do rádio. Para isso respeitar os momentos de descanso, uma boa alimentação e buscar alguém para um revezamento serão atitudes de crucial importancia.
Habilidades específicas.
Muitas vezes, em emergências, não basta ser radioamador. “Quem está no fogo é para se queimar“. E aqui não é diferente.
Pode ser que, dependendo da situação, outras habilidades, conhecimentos, experiências ou potencialidades sejam requeridas. Assim, ter isso bem claro para nós mesmo e para quem coordena o trabalho pode ser uma informação extremamente útil. E fazer a diferença em um momento específico.

Não pretendemos, como dissemos no início, esgotar este tema. Nosso próximo artigo falará sobre nosso comportamento e ações DURANTE uma emergência… Até lá

SAPS – 73
Marcus Vinicius Nogueira – PU5BRL
Coordenador Ações Defesa Civil/RENER – Equipe Nacional de Radioescotismo
acesse o site aqui!
pu7sdj

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O HAARP, a “Máquina controladora de mentes” estará ativa em faixas de radioamadores Por  Alisson Teles Cavalcanti, PR7GA ...